Com uma nova liderança e uma abordagem mais solta em sua estratégia de produtos, a Nissan enfrenta desafios financeiros e uma imagem que foi ofuscada por discussões de fusão frustradas com a Honda. Ivan Espinosa assumirá a cadeira de CEO em 1º de abril, e a empresa agora se concentra em veículos promissores e tecnologias competitivas.
O adiamento da introdução do nível 3 é uma decisão prática. Segundo Ponz Pandikuthira, a tecnologia está pronta, mas os consumidores não estão demonstrando interesse. A Nissan percebeu que a maioria dos motoristas se sente satisfeita com os recursos do nível 2, como controle de cruzeiro adaptativo e assistência de manutenção de faixa. A demanda por funcionalidades mais complexas, que envolvem trocas de faixa automatizadas, é bastante baixa.
Pesquisas indicam que a condução autônoma de nível 3 não é uma prioridade para os consumidores. A empresa precisa se concentrar na implementação de tecnologias que realmente interessem aos motoristas, enquanto trabalha para aprimorar seus sistemas de assistência.
A Nissan continua a desenvolver seus sistemas de assistência ao condutor, na esperança de que os custos dos chips semicondutores diminuam. Isso levanta a questão: qual seria o preço ideal para tornar a tecnologia de nível 3 atraente para os consumidores?
A Nissan está testando sua frota de robô-táxis em Yokohama, utilizando minivans Serena equipadas com múltiplos sensores para tomada de decisão autônoma. A previsão é expandir o serviço comercial de transporte até 2027, respondendo a uma demanda crescente por motoristas em áreas urbanas, onde a escassez é uma preocupação.
A Nissan opta por adiar o lançamento de sua tecnologia de condução autônoma de nível 3, concentrando-se na evolução de sistemas que já são apreciados pelos consumidores e na redução de custos. Com a continuidade dos testes de robô-táxis no Japão, a empresa se prepara para um futuro em que a mobilidade autônoma possa se tornar uma realidade, mas, por enquanto, atende às demandas mais imediatas do mercado.