Fontes no Japão indicam que a proposta da Foxconn é mais bem vista entre os membros do conselho da Nissan do que a fusão com a Honda. A empresa busca adquirir os 36% de participação da Renault na Nissan, parte de um acordo estabelecido em 1999. O presidente da Foxconn, Young Liu, afirmou que estão abertos a adquirir ações, mas a principal ambição é a cooperação, não apenas a compra de participações.
A Nissan enfrenta uma grave crise, com uma queda de 90% em seu lucro operacional nos seis meses até setembro de 2024. O valor de mercado da montadora caiu para US$ 10,34 bilhões, cerca de 34% a menos do que no ano anterior. Com um parceiro financeiramente forte como a Foxconn, a Nissan poderia começar a resolver seus problemas financeiros.
A Foxconn, já conhecida por sua experiência em montagem de produtos, demonstrou avanços no setor automotivo com modelos de EV, como uma minivan e um pequeno ônibus. Seu sucesso inicial, como o modelo C, que se tornou um verdadeiro best-seller, evidencia seu potencial. A empresa pode oferecer vantagens significativas, como custos mais baixos e maior eficiência, o que seria um grande atrativo para a Nissan.
Entretanto, a injeção de capital da Foxconn pode não ser suficiente para reverter a crise da Nissan. A falta de uma visão clara sobre a identidade da marca e seu propósito no mercado levanta questões sobre o futuro da montadora. A gestão atual é criticada por não ter um plano sólido para a sobrevivência da empresa.
A saída da Honda do acordo de fusão pode abrir portas para a Foxconn salvar a Nissan, por meio de uma parceria estratégica que proporciona não apenas capacidade financeira, mas também acesso a tecnologias automotivas valiosas. Contudo, é crucial que a Nissan redefina urgentemente sua identidade para garantir sua continuidade no setor automotivo.
