A situação é crítica para a Nissan. O lucro operacional caiu 90% nos seis primeiros meses de 2024, levando um executivo sênior a afirmar que a empresa tem apenas de 12 a 14 meses para sobreviver. Após o fracasso das negociações de fusão com a Honda, as ações da Nissan caíram 6,3%. Atualmente, a capitalização de mercado da empresa é de US$ 10,34 bilhões, 34% menor que no ano anterior, e equivale a um quarto da Honda. A Nissan precisa urgentemente de um parceiro financeiro robusto, e a Foxconn, com seu valor de mercado dez vezes maior, pode ser a solução.
A Foxconn pretende replicar com montadoras o modelo de sucesso adotado com marcas de eletrônicos, como a Apple, apresentando modelos de referência para carros elétricos, como uma minivan e um pequeno ônibus. Esses modelos são customizáveis para que as montadoras possam vendê-los sob suas próprias marcas.
Já consolidada no setor automotivo, a Foxconn enxerga na Nissan uma oportunidade de acessar tecnologias e capacidades de uma fabricante global. Com um modelo de negócio semelhante ao da Apple, que é bem-sucedido em segmentos de alta competição, a Foxconn oferece vantagens que podem ser valiosas para a Nissan se manter competitiva. Mesmo assim, o dinheiro da Foxconn pode não ser suficiente para resolver a crise existencial da Nissan: "Eu detesto criticar a atual gestão", diz um ex-executivo da Nissan, "mas eles falharam em definir o que é a Nissan e por que ela merece existir."
Resumo: Este artigo discute a possível entrada da Foxconn, fabricante de iPhones, como parceira salvadora da Nissan. Enquanto a Nissan enfrenta um colapso financeiro, a Foxconn oferece um modelo de negócios bem-sucedido que já beneficiou marcas como a Apple. No entanto, há ceticismo sobre se isso será suficiente para resolver os problemas fundamentais da Nissan.