A CFO Sherry House afirmou que a Ford atualizará suas previsões ao divulgar os resultados do segundo trimestre, buscando uma melhor compreensão sobre o impacto das tarifas, a reação dos consumidores e as políticas governamentais.
Outras montadoras, como GM e Stellantis, também suspenderam suas orientações devido às políticas comerciais em evolução. A GM estima que os custos das tarifas ficarão entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões, devido a uma menor porcentagem de veículos fabricados nos EUA em comparação com a Ford.
Antes das tarifas, a Ford previa lucros ajustados entre US$ 7 bilhões e US$ 8,5 bilhões para o ano. No primeiro trimestre, reportou um lucro líquido de US$ 471 milhões sobre uma receita de US$ 40,7 bilhões. As entregas de novos veículos diminuíram 7%, totalizando 971 mil unidades. Kumar Galhotra, diretor de operações, destacou que os custos de garantia caíram graças à melhoria na qualidade, e uma redução de custos de US$ 1 bilhão está em curso.
A Ford Pro obteve US$ 1,3 bilhão em lucros ajustados, resultado inferior ao recorde do ano passado. Por outro lado, o setor de serviços de software cresceu 20%.
A Ford Model e, focada em veículos elétricos, reduziu suas perdas para US$ 849 milhões, uma melhora em relação ao prejuízo de US$ 1,3 bilhão no mesmo trimestre de 2024. Nos EUA, as vendas de EVs aumentaram 15%, impulsionadas pelos carregadores domésticos gratuitos.
A Ford Blue registrou apenas US$ 96 milhões em lucros ajustados, uma queda acentuada em relação aos US$ 901 milhões no ano anterior. A produção foi impactada por paradas na planta de Kentucky, mas os novos modelos alcançaram preços de 18% a 23% mais altos, segundo Andrew Frick.
Sherry House destacou que as tarifas afetam tanto veículos importados quanto peças internacionais. Embora a Ford adquira a maior parte do aço nos EUA, as tarifas podem elevar os preços domésticos. A estratégia de produção na América do Norte permanece inalterada.
Jim Farley, CEO da Ford, entende os esforços do governo para trazer mais manufatura para os EUA, mas espera que haja flexibilidade suficiente para que empresas como a Ford prosperem.
Resumo: A Ford enfrenta desafios com a imposição de tarifas, resultando em uma queda significativa de lucros e suspensão de orientações futuras. A empresa planeja ajustes financeiros e espera esclarecer o impacto no segundo semestre. As divisões de veículos comerciais e elétricos estão passando por ajustes enquanto novas políticas comerciais se desenvolvem.
