O ano de 2024 foi repleto de acontecimentos marcantes. A segunda startup de Henrik Fisker faliu. A Stellantis entrou em colapso, levando à renúncia do CEO Carlos Tavares e a uma reorganização interna. A fábrica da Volkswagen no Tennessee foi sindicalizada pela UAW, mas a tentativa não teve sucesso na Mercedes do Alabama. Um ciberataque paralisou concessionárias nos EUA por semanas. A GM encerrou a Cruise, sua divisão de direção autônoma.
A Tesla viu sua primeira queda nas vendas, mas atingiu o valor de um trilhão de dólares. As marcas coreanas bateram recordes, enquanto a chinesa BYD se destacou como uma nova ameaça. A General Motors aumentou a produção de veículos elétricos, enquanto a Ford mudou o foco para EVs acessíveis e híbridos. A aposta da Toyota em híbridos consolidou sua liderança como a maior montadora mundial por volume.
Nos EUA, as vendas de carros novos atingiram 16 milhões, o maior índice desde 2019. Incentivos retornaram e várias marcas, como GM e Toyota, ganharam participação de mercado. O segmento de luxo se recupera, mas Jeep e Ram enfrentam dificuldades.
A reeleição de Donald Trump desestabilizou estratégias setoriais. Medidas como a retirada do Acordo de Paris e o incentivo à exploração de petróleo criaram incertezas sobre regulações ambientais. Consumidores se apressaram para comprar veículos elétricos antes do fim dos incentivos fiscais.
A Volkswagen se aliou à Rivian para desenvolver sua plataforma de veículos elétricos, com um novo investimento federal. A possível fusão de Nissan com Honda e Mitsubishi poderia ter criado o terceiro maior conglomerado, mas foi cancelada em 2025.
O futuro dos veículos elétricos dependerá da capacidade das empresas de oferecer opções acessíveis, apesar dos altos custos de baterias. Colaborações setoriais podem ajudar nesta transição, como as alianças formadas em 2024. As vendas de EVs continuarão a subir, embora em ritmo mais lento do que o esperado inicialmente.
O verdadeiro poder está nas mãos dos consumidores, cujos gostos guiarão o mercado. A indústria deve atrair clientes e adaptações serão necessárias para enfrentar os desafios e as mudanças que se aproximam.
2024 foi um ano de transições e desafios na indústria automotiva, com falências, fusões e mudanças políticas. O mercado busca se adaptar com novas parcerias e estratégias, enquanto o papel do consumidor se fortalece em influenciar o futuro dos veículos elétricos e híbridos.