A YASA espera produzir 25.000 motores de fluxo axial no próximo ano, um salto significativo comparado às 1.000 unidades de cinco anos atrás. Tim Woolmer, graduado da Universidade de Oxford, teve a ideia do YASA - "Yokeless and Segmented Armature" - há quase 15 anos.
Os motores de fluxo axial utilizam ímãs permanentes, assim como os motores de fluxo radial, para criar campos magnéticos entre o rotor e o estator. O diferencial do produto YASA é o uso de rotores em cada lado do estator. Isso elimina a necessidade de uma braçadeira de estator, resultando em motores mais leves, compactos e até quatro vezes mais potentes. Além disso, permite maior flexibilidade no design, podendo ser instalados entre a transmissão e o motor ou no eixo traseiro.
Quando a Ferrari decidiu criar o SF90 híbrido, buscou um motor que não aumentasse a altura do virabrequim. "A bateria e os motores da LaFerrari pesam quase 150 kg, grande parte concentrada na traseira, o que não é ideal. Com o SF90 e o 296, queríamos uma abordagem diferente", explicou Woolmer.
A invenção oferece diferenciação mecânica entre híbridos e elétricos, permitindo diversas configurações de posicionamento do motor. No caso do Lamborghini Temerario, os motores estão permanentemente conectados ao motor, enquanto no 296 ficam independentes, permitindo espaço para uma embreagem.
Segundo Woolmer, a chave para continuar no topo é a velocidade e inovação. Nos últimos 15 anos, a YASA melhorou seus produtos em 25% anualmente. “Nosso desafio é manter a inovação constante. Se relaxarmos, corremos o risco de sermos superados”, conclui.
A YASA está na vanguarda dos motores de fluxo axial, prometendo redução de peso e flexibilidade. Com base em inovação contínua, a empresa busca protagonizar uma revolução na indústria automotiva, desafiando-se constantemente para não perder terreno.