As gigantes japonesas Honda e Nissan estão em busca de reconquistar seu lugar no competitivo mercado de veículos elétricos. Recentemente, surgiu a notícia de que a Foxconn, famosa por montar iPhones, está interessada em adquirir a parte restante da Renault na Nissan. Se a Honda avançar nesse acordo, pode obter uma plataforma da Nissan para futuros SUVs ou picapes.
Conforme relata o jornal japonês The Nikkei, a Honda e a Nissan estão prestes a assinar um memorando para a criação de uma empresa conjunta, intensificando a concorrência contra a Tesla e os fabricantes chineses de veículos elétricos.
Ambas as empresas precisam alcançar outros fabricantes que já possuem portfólios robustos de veículos elétricos. Apesar de a Honda ser pioneira em veículos híbridos e a Nissan ter lançado o Leaf em 2011, ainda há um longo caminho a percorrer.
A aliança Renault-Nissan, iniciada em 1999 e expandida com a Mitsubishi em 2016, está passando por transformações. Com a participação da Renault reduzida a 15%, seu interesse por novas parcerias internacionais está crescendo, incluindo potenciais colaborações com a Geely e a Saudi Aramco.
A Honda está analisando onde poderia colaborar mais efetivamente com a Nissan em plataformas e veículos. Essa possível "fusão" lembra a "fusão de iguais" entre a Daimler e a Chrysler.
Se a Foxconn seguir em frente com a aquisição, parte da produção da Nissan poderia ser transferida para a antiga fábrica da General Motors em Ohio, aproveitando o espaço deixado por startups de veículos elétricos que faliram, como a Lordstown Motors e a Fisker.
As movimentações no setor automotivo evidenciam uma busca por alianças estratégicas para enfrentar a crescente demanda por veículos elétricos. Seja pela colaboração entre Honda e Nissan ou pela entrada da Foxconn, o cenário promete redefinir o futuro dessas marcas.
 | Receio que este seja apenas o início de uma espiral descendente para a Nissan. O envolvimento da Foxconn pode não alterar em nada a trajetória. |
 | Estou cético quanto à possibilidade de a Honda conseguir dar a volta à situação da Nissan. As parcerias nem sempre conduzem a resultados positivos. |
 | Este acordo pode ser uma jogada arriscada tanto para a Honda como para a Nissan. Estas empresas precisam de alinhar as suas estratégias para competir verdadeiramente no mercado dos veículos eléctricos. |
