Recentemente, a Ford divulgou seus resultados para o primeiro trimestre de 2025, revelando que as tarifas devem custar cerca de US$ 2,5 bilhões este ano. Entretanto, a montadora projeta compensar US$ 1 bilhão desse valor. Essa despesa adicional pressionou os lucros, que caíram 65% em relação ao ano passado.
A empresa planeja atualizar suas diretrizes no próximo trimestre, aguardando uma melhor compreensão sobre o impacto das tarifas e reações do mercado, segundo a diretora financeira Sherry House. A General Motors e a Stellantis também suspenderam suas orientações, enquanto Mercedes-Benz e Volvo adotaram cautela devido às políticas comerciais incertas dos EUA.
Iniciando o ano com uma receita de US$ 40,7 bilhões, a Ford reportou um lucro líquido de US$ 471 milhões, 5% menor. O lucro ajustado despencou 63%, enquanto as entregas de novos veículos caíram 7% para 971.000 unidades. Apesar disso, a qualidade melhorou e os custos de garantia foram reduzidos.
- Ford Pro: Registrou um lucro ajustado de US$ 1,3 bilhão devido a paradas de fábrica e preços de frotas, embora as assinaturas de serviços de software tenham aumentado 20%.
- Model e (Veículos Elétricos): Apresentou um prejuízo de US$ 849 milhões, menor que o do ano anterior, com vendas de veículos elétricos em alta de 15%.
- Ford Blue: Lucro de US$ 96 milhões, impactado pelo fechamento temporário da fábrica em Kentucky, mas novos modelos estão sendo vendidos de 18% a 23% mais caro.
Os custos adicionais com tarifas afetam importados e peças. Metais, apesar de em grande parte adquiridos nos EUA, podem ter preços elevados devido às tarifas. O CEO Jim Farley espera que a administração compreenda a necessidade de flexibilidade para que empresas como a Ford prosperem.
A Ford enfrenta desafios financeiros com tarifas pressionando os lucros. Embora tenha havido uma melhora na qualidade e esforços para corte de custos, o impacto das políticas comerciais continua pesado. A expectativa é por mais clareza no segundo trimestre, na esperança de melhores condições de mercado.