A produção de motores de fluxo axial está finalmente conquistando espaço na indústria automotiva, impulsionada pela inovação e pelo esforço da empresa britânica YASA, agora parte do grupo Mercedes-Benz. Nos próximos anos, a YASA planeja aumentar sua produção de 1.000 para 25.000 motores anuais, operando em uma nova fábrica em Yanton.
Os motores de fluxo axial da YASA se destacam por utilizarem rotores em ambos os lados do estator, permitindo que o fluxo magnético siga em uma única direção. Isso elimina a necessidade de uma armação no estator e resulta em um motor até quatro vezes mais denso em potência do que os convencionais.
A flexibilidade no design é uma das maiores vantagens dessa tecnologia. Os motores podem ser colocados em diversos locais dentro do veículo, permitindo adaptações que atendam a diferentes necessidades de projeto.
- Ferrari SF90: Utilizou o motor axial para evitar aumentar a altura do virabrequim, garantindo que o motor coubesse em um espaço reduzido.
- Lamborghini Temerario e Ferrari 296: Beneficiam-se da colocação flexível do motor, permitindo configurações únicas como a vetorização de torque ou tração exclusiva nas rodas traseiras.
Tim Woolmer, o criador da YASA, destaca o progresso contínuo da empresa, que melhora seus produtos em 25% anualmente. Ele enfatiza o perigo de se acomodar em um monopólio e a importância de inovar constantemente.
A YASA está liderando uma revolução na tecnologia de motores de fluxo axial, prometendo motores mais leves, potentes e versáteis. Com foco em inovação contínua, a empresa britânica projeta moldar o futuro da mobilidade automotiva.
