A Han Hai Precision Industry, conhecida como Foxconn, pode comprar a participação da Renault na Nissan, conforme informado pela Bloomberg. Foxconn, famosa pela montagem de iPhones, deseja entrar no mercado automotivo japonês.
A Nissan está lutando para se reerguer, perdendo participação de mercado na China e nos EUA. Desafios recentes incluem o fracasso na empreitada de veículos comerciais nos EUA e o lançamento tardio do Ariya.
Relatos do The Nikkei indicam que Honda e Nissan preparam um memorando de entendimento para estabelecer uma holding conjunta. O objetivo? Competir com Tesla e fabricantes chineses de EVs.
Desde que Carlos Ghosn deixou o cargo em 2018, a Renault vem diminuindo seu envolvimento financeiro na Nissan. Agora, com apenas 15% de participação, a Renault busca novas parcerias, como com a Geely e a Saudi Aramco.
A Honda analisa onde a sinergia com a Nissan seria mais vantajosa, especialmente em plataformas de veículos. Historicamente, a Honda mantém parcerias estratégicas, como com a General Motors, evitando aquisições massivas.
A participação da Honda na Nissan pode resultar em plataformas novas, como para caminhonetes e SUVs, direcionando o foco para o mercado norte-americano, onde as vendas da Honda são mais fortes.
Se a Foxconn adquirir a parte da Nissan, poderá realocar a produção para a fábrica em Lordstown, Ohio, que ficou parada após falências de startups de veículos elétricos.
A Honda e a Foxconn manifestam interesse na Nissan, cada uma com objetivos distintos. A primeira vê uma parceria estratégica com potencial de compartilhamento de plataformas, enquanto a segunda visa expandir sua presença na indústria automotiva. A Renault, por sua vez, busca se libertar para novas colaborações, transformando-se em um momento decisivo para todos os envolvidos.
 | Temo que este seja apenas o início de uma espiral descendente para a Nissan. O envolvimento da Foxconn pode não mudar em nada a trajetória. |
 | Estou cético quanto à capacidade da Honda de mudar a situação da Nissan. As parcerias nem sempre levam a resultados bem-sucedidos. |
 | Esse acordo pode ser um movimento arriscado tanto para a Honda quanto para a Nissan. Elas precisam alinhar suas estratégias para realmente competir no mercado de veículos elétricos. |
