Lynn Calder, CEO da Ineos Automotive, expressou suas preocupações sobre as políticas de eletrificação no evento "Future of the Car" do Financial Times. Ela argumenta que, em vez de oferecer liberdade de escolha, os consumidores estão sendo levados a opções limitadas, restringindo as alternativas disponíveis. Embora a Europa planeje eliminar os motores a combustão até 2035, Calder é cética quanto à exclusividade dos carros elétricos até lá. A flexibilização das regras para híbridos não é suficiente, uma vez que a indústria está fragilizada.
Calder destaca as dificuldades econômicas e os investimentos bilionários em estratégias que ainda não têm se mostrado eficazes. A necessidade de atender à demanda por híbridos é clara, mas as decisões políticas devem priorizar a diversidade tecnológica. Ela critica a falta de incentivos e infraestrutura fora das cidades para veículos elétricos e insiste que os híbridos ainda desempenham um papel importante.
Como nova empreendedora na fabricação de automóveis, a Ineos já conhecia o caminho da eletrificação antes de lançar o Grenadier. Calder defende que a solução não deve se restringir a uma única tecnologia. A Ineos está explorando o Fusilier, um veículo potencialmente revolucionário com autonomia estendida, mas a decisão está atrelada às políticas futuras.
Calder acredita que os reguladores precisam proporcionar clareza imediata sobre o futuro do mercado automotivo. Sem isso, as empresas não conseguirão se adaptar em tempo hábil às exigências de um setor que não pode operar com incertezas de última hora.
Resumo: O artigo explora os desafios enfrentados pela indústria automotiva em meio às políticas de eletrificação, destacando a demanda por regulamentos que abracem a diversidade tecnológica e não apenas veículos de emissão zero. Calder, da Ineos Automotive, defende soluções que incluam híbridos e a adaptabilidade às necessidades dos consumidores.