Nos últimos anos, a VW tem enfrentado concorrência de novos competidores chineses e americanos no mercado europeu, especialmente no segmento de veículos elétricos. Em resposta, a empresa planeja redistribuir a produção para focar em uma linha mais eletrificada, reduzindo a capacidade de suas fábricas alemãs em 734.000 veículos.
Após semanas de negociações com os sindicatos, a Volkswagen decidiu não fechar fábricas históricas, mas a reestruturação resultará na eliminação de 35.000 empregos. Entre as principais medidas do acordo, destacam-se:
- Redução de custos trabalhistas em 1,5 bilhão de euros anuais.
- Diminuição da capacidade de produção em fábricas na Alemanha.
"Focamos em três prioridades: reduzir a sobrecapacidade na Alemanha, cortar custos trabalhistas e alcançar custos de desenvolvimento competitivos", declarou Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen Passenger Cars.
A produção do elétrico Golf ocorrerá em Wolfsburg, baseada na plataforma SSP, enquanto os modelos a combustão Golf e Golf Estate serão produzidos em Puebla, México. No entanto, a fábrica histórica de Wolfsburg perderá 4.000 empregos até 2030, e suas linhas de montagem serão reduzidas pela metade.
- Dresden: Encerra a produção de veículos até 2025, podendo receber novas funções com parceiros.
- Emden: Continua a produção dos modelos elétricos ID.4, ID.7 Sedan e Station Wagon.
- Zwickau: Mantém a produção do Audi Q4 e-tron, mas reduz para uma linha de montagem até 2027.
A VW destacou a crescente concorrência e um mercado em declínio na Europa, sem citar concorrentes diretos. A Tesla, com sua fábrica perto de Berlim, e marcas chinesas têm aumentado a pressão sobre a Volkswagen no continente.
"Após longas negociações, este acordo é um sinal importante para a viabilidade futura da marca Volkswagen", afirmou Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen.
No cenário global, uma boa notícia é o início da produção do Scout na América do Norte, prevista para 2027 na Carolina do Sul.
Resumo: O acordo da Volkswagen com os sindicatos evita o fechamento de fábricas na Alemanha, mas resultará em cortes significativos de empregos, como parte de uma estratégia para enfrentar concorrentes e avançar na transição para veículos elétricos. A empresa reestrutura sua produção global, de olho em novos mercados.