Conheça Nigel Stoate, o homem que, quando precisa mover sua embarcação anfíbia DUKW para fora da garagem, utiliza o potente motor de seu tanque Sherman. Ele comenta com um sorriso torto: "Minha esposa não gosta das marcas que as esteiras deixam no gramado".
Em junho de 2024, Stoate colocou seu DUKW à prova, navegando até a Normandia para homenagear os 80 anos do Dia D. A embarcação desembarcou em solo francês ao som de gaitas de foles, no exato horário em que os soldados britânicos chegaram, décadas atrás. Ao concluir as comemorações, Nigel e sua tripulação – incluindo seu filho Ryan e o mecânico Jason – retornaram à Inglaterra através de uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, completando a jornada de 28 horas com sucesso.
Perguntado sobre o porquê desta aventura, Nigel responde com convicção: "Precisamos lembrar o que aqueles homens fizeram há 80 anos. Foi graças à coragem deles que temos nossa liberdade hoje." Vestindo a réplica do uniforme que seu pai usaria, Nigel demonstra um entusiasmo evidente por essa parte da história.
Por que uma DUKW no quintal? Nigel, um especialista em litígios de patentes, vê na história militar um escape. Ele explica que esses veículos foram cruciais durante a guerra, transportando tropas e suprimentos direto dos navios para o litoral. A maioria deles não resistiu ao tempo e à corrosão, mas seu exemplar, mantido em estoque de reserva, sobreviveu.
O DUKW de Nigel está em condição excepcional. Apesar das aventuras, a carroceria continua impecável, o motor, meticulosamente limpo, e o cockpit com placas originais que dão um toque de nostalgia. Sua coleção inclui também um Amphicar 770 da década de 1960, mostrando sua paixão por veículos anfíbios.
Nigel compartilha a performance do DUKW na água com entusiasmo: "Ela tem duas bombas de porão que ajudam a gerenciar possíveis inundações. Por isso, mesmo com um furo grande, ela continua flutuando, desde que o motor esteja funcionando – o que nos levou a reconstruí-lo duas vezes antes da viagem."
Equipado com dispositivos de segurança e comunicação de última geração, Stoate sabia dos riscos e até os fuzileiros reais admitiram que sua empreitada era ousada.
De volta à segurança de seu lar, Nigel reflete sobre a honra de seguir, mesmo que simbolicamente, os passos de seu pai.
Resumo: Nigel Stoate reviveu a história ao cruzar o Canal da Mancha em um DUKW anfíbio da Segunda Guerra. Honorando os veteranos do Dia D, a jornada destaca sua paixão por veículos militares e o respeito legado por seu pai.