O Volkswagen ID Buzz, uma versão elétrica do nostálgico VW Bus, não é apenas um modelo único. Apesar do seu preço elevado e do potencial de vendas limitado, ele atua como um veículo de halo, reforçando a identidade da marca, afirmam os executivos da Volkswagen.
Na Europa, metade das vendas de vans é destinada ao setor comercial, o que garante o futuro do Buzz com atualizações planejadas e modelos futuros. Embora não existam planos para uma versão comercial do ID Buzz na América do Norte, devido aos impostos de importação, o veículo tem uma importância comercial global que impulsionará sua longevidade.
Além disso, veículos como o Buzz, com amplo espaço para passageiros, terão um papel fundamental na era dos veículos autônomos. Atualmente, a VW opera uma frota de minivans robotáxis em teste em Austin, Texas.
A demanda por ícones como o Volkswagen Beetle, que marcou época com seu design único, continua presente. A última versão, o New Beetle, teve sua produção encerrada em 2019. Um possível retorno como edição limitada depende de um modelo de negócios sustentável, algo que a Volkswagen ainda não prioriza, afirma Andrew Savvas, Diretor de Vendas e Marketing da Volkswagen na América do Norte.
Savvas considera que, do ponto de vista de imagem, o retorno do Beetle seria benéfico, mas o foco atual está na linha GTI e na marca R. "Nossa força está em produtos divertidos de dirigir", explica Savvas.
A América do Norte também aguarda o lançamento do Volkswagen ID7, um sedã médio cujo lançamento foi adiado. A VW busca carros que aumentem o volume de vendas na região, e o ID7, embora bem-sucedido na Europa, não atende a essa necessidade no momento.
A direção da VW está atuando com cautela na América do Norte, região que agora ganha mais foco e orçamento enquanto a marca enfrenta desafios na China e na Europa. Embora uma nova liderança esteja a caminho, com Kjell Gruner assumindo como CEO da Volkswagen Group of America, o futuro promete uma abordagem mais local para o portfólio global.
Resumo: A Volkswagen aposta no ID Buzz como protagonista, enquanto adia o revival do Beetle. Na América do Norte, o foco está em modelos que consolidem o volume de vendas, com cautela redobrada frente aos desafios globais.