Em 1961, graças à colaboração entre Carroll Shelby e a Ford, o Cobra ganhou o poderoso motor V8 Windsor. Desde então, o carro passou por rápidas evoluções, chegando a 7.0 litros (famoso 427 cu in). Apesar de ser uma força nas pistas, o Cobra sempre teve seu lado problemático: rápido, mas quase incontrolável.
O Mk III, que chegou em 1965, tentou solucionar alguns problemas, mas sua homologação já havia expirado. Com apenas 56 unidades de corrida produzidas e muitas versões voltadas para a estrada, o Cobra, com seus impressionantes 485 cv, viu seu tempo ser ofuscado quando o GT40 começou a brilhar.
Por muitos anos, o Cobra foi reconhecido como o carro mais rápido do mundo, posição que manteve até ser superado pelo Porsche 959 em 1986. Durante seus dias de glória, o carro alcançava de 0 a 60 mph em quatro segundos — um verdadeiro desafio para os passageiros que tentavam agarrar um dólar preso ao para-brisa.
Hoje, o Shelby CSX10000 é a versão contemporânea do clássico, construída sob licença e equipada com o motor V8 Coyote de 5.0 litros. Embora seja mais civilizado, mantendo 460 cv, sua essência e brutalidade permanecem intactas.
Sentir o rugido desse motor é algo quase primal. A combinação de um câmbio Tremec de seis marchas e um desempenho impressionante faz você se sentir como uma força da natureza. No entanto, a condução revela suas fraquezas: o chassi vibra e treme, tornando a experiência mais desajeitada do que o esperado.
- Pontos Fortes: Design poderoso, motor robusto, som imersivo.
- Pontos Fracos: Comportamento indeciso em curvas, desconforto na condução.
O V8 Shelby Cobra é uma lenda viva que fascina pela potência e presença, mas decepciona na condução. É ideal para ouvir do que dirigir; suas falhas em manuseio não apagam o legado e a paixão que despertam nas pessoas até hoje.