Durante o Future of the Car Summit do Financial Times em 2025, em Londres, Samuelsson reafirmou o compromisso da Volvo com os veículos elétricos e destacou a estratégia de regionalização para enfrentar tensões comerciais. Parte desse plano inclui a ampliação da produção na fábrica de Ridgeville, Carolina do Sul, para modelos híbridos do XC60, além do EX90 elétrico.
Samuelsson ressaltou a necessidade de maximizar a capacidade da planta de Ridgeville, que também monta o Polestar 3, mesmo após anunciar um corte de 5% no quadro de funcionários. O novo modelo a ser produzido não será totalmente elétrico.
A regionalização está em alta entre as montadoras, visando encurtar cadeias de suprimentos e adaptar-se melhor aos mercados locais. A Volvo segue essa tendência, buscando fortalecer a marca nos EUA com a produção local. No entanto, o XC60 ainda é fabricado na Suécia e na China. Samuelsson reforçou que a presença industrial nos EUA é crucial para agilidade e rapidez nas entregas.
Na China, a Volvo busca mais autonomia para atender melhor às preferências locais. “Precisamos ouvir o cliente e nos adaptar rapidamente às suas condições”, diz Samuelsson, destacando também a importância de se estabelecer como uma unidade independente.
Samuelsson abordou pragmaticamente as tarifas comerciais impostas pelos EUA, defendendo que o objetivo é renegociá-las para um comércio justo. Ele espera uma redução tarifária para níveis equilibrados entre Europa e EUA.
Apesar das tensões comerciais e das ligações com o grupo chinês Geely, a Volvo mantém uma presença robusta nos EUA, ativa desde 1957.
Embora a Volvo tenha anunciado a total eletrificação até 2030, vendas abaixo do esperado de modelos como o C40 forçaram ajustes no plano. Samuelsson vê a transição para elétricos como uma oportunidade, embora desafiadora, e aposta nos híbridos plug-in como solução temporária na trajetória rumo a um futuro 100% elétrico.
Resumo: A Volvo aposta na regionalização para enfrentar desafios comerciais e expandir sua produção nos EUA, sobretudo com veículos híbridos. Enquanto se adapta a tensões tarifárias e à gestão de sua identidade global, ajusta também suas metas de eletrificação para um futuro sustentável.
