A ordem assinada por Trump encerra o decreto executivo de 2021 de Joe Biden, que almejava que 50% dos novos veículos fossem elétricos até 2030. Embora essa meta não tivesse força de lei, ela representava um direcionamento importante para a indústria automotiva dos EUA.
A nova ordem de Trump traz implicações significativas:
- Revogação de Financiamentos: Bloqueia fundos governamentais não gastos destinados a estações de carregamento de EVs.
- Eliminação de Isenções: Propõe o fim das isenções que permitiriam a estados, como a Califórnia, banir carros a combustão interna até 2035.
- Revisão de Subsídios: Instrui a administração a considerar a eliminação de "subsídios injustos" que favorecem EVs.
Trump também expressou anteriormente seu desejo de acabar com o crédito fiscal federal de $7500 para EVs.
A decisão de Trump vai na contramão de pedidos feitos em 2024 por uma coalizão de montadoras. Após as eleições de novembro de 2024, a Aliança para a Inovação Automotiva pediu, em carta, que o governo exigisse a venda de veículos elétricos, destacando a necessidade de "estabilidade e previsibilidade". As montadoras já investiram bilhões em pesquisa e desenvolvimento de EVs, e uma mudança brusca pode trazer incertezas.
O poder de Trump de reverter padrões de emissões apenas por ordem executiva ainda é incerto. É provável que a administração precise atuar em conjunto com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) para criar novas regras. De acordo com a Reuters, Trump planeja instruir a EPA a reconsiderar regulamentações que atualmente exigem que entre 30 e 56% dos veículos vendidos sejam elétricos até 2032.
A decisão de Trump de revogar as metas de EV da era Biden sinaliza uma mudança significativa na política governamental sobre veículos elétricos. Com implicações de longo alcance para a indústria automotiva e políticas ambientais, essa reviravolta pode criar novas dinâmicas no mercado dos Estados Unidos.
