A Nissan revelou que suas receitas e lucros caíram no terceiro trimestre, além de projetar um prejuízo de 80 bilhões de ienes para 2024. A situação é agravada por possíveis tarifas de 25% do governo dos EUA sobre produtos fabricados no México e no Canadá, afetando 27% dos veículos Nissan vendidos nos EUA.
Apesar do fim das discussões de fusão, Nissan e Honda continuarão colaborando em projetos conjuntos. A possibilidade de uma fusão completa, contudo, foi descartada e talvez seja melhor assim, já que os nomes sugeridos como "Nissonda" ou "Hondissan" não eram muito atrativos.
Os rumores sobre a fusão refletem o movimento de concentração na indústria automotiva, uma resposta aos desafios da eletrificação. Exemplo disso é a Stellantis, formada em 2021, que uniu marcas do antigo Fiat Chrysler e do Grupo PSA.
Atualmente, Nissan e Honda são, respectivamente, a segunda e terceira maiores montadoras do Japão. Juntas, teriam um caminho mais forte na eletrificação e no mercado de veículos elétricos (EVs). A Honda, por exemplo, lançou recentemente dois SUVs elétricos na América do Norte, enquanto a Nissan tem feito avanços com seu SUV elétrico Ariya.
Apesar do fim das negociações de fusão, há um Memorando de Entendimento entre as duas empresas sobre colaboração em EVs. Contudo, a complexidade das participações acionárias - como a da Renault na Nissan e da Nissan na Mitsubishi - torna uma fusão mais complicada.
Uma recente conferência de imprensa com Nissan, Honda e Mitsubishi sugeriu que as negociações podem continuar, com uma decisão esperada até junho de 2025. O sucesso desse acordo depende da recuperação da Nissan e incluiria deslistagens das empresas para formar uma nova entidade até agosto de 2026. As três montadoras visam alavancar suas forças combinadas em um mercado cada vez mais competitivo.
Nissan e Honda abandonaram as negociações de fusão devido a discordâncias, mas continuarão colaborando em projetos conjuntos. A indústria automotiva está se concentrando cada vez mais em meio à transição para veículos elétricos, e as empresas buscam novas parcerias para competir.