Durante o Salão do Automóvel de Nova York de 2025, o CEO da Volkswagen of America, Kjell Gruner, revelou o Tiguan Turbo 2026 e discutiu o impacto das tarifas impostas pelo governo Trump. Desde 3 de abril, veículos importados enfrentam uma tarifa de 25%, somando-se a tarifas sobre aço e alumínio, além de planos de taxar peças automotivas. Esses fatores trazem desafios para as empresas gerirem seus negócios.
Gruner espera que, até o final de maio, o cenário tarifário se estabilize. A ideia é evitar aumentar os preços em junho, mas a Volkswagen não pode arcar sozinha com os custos elevados das tarifas. Os consumidores, por sua vez, também não estão dispostos a pagar mais por um novo veículo.
A Volkswagen fabrica o Tiguan no México, além do Taos e do Jetta. Nos EUA, em Chattanooga, Tennessee, são produzidos o Atlas, Atlas Cross Sport e o ID4 elétrico. Modelos como o ID Buzz, Golf GTI e Golf R vêm da Alemanha. Todos os veículos vendidos nos EUA possuem componentes oriundos de várias partes do mundo, que estão sujeitos a tarifas.
Até junho, os preços não aumentarão, demonstrando compromisso com os clientes e concessionárias, segundo Gruner.
A fábrica de Chattanooga tem capacidade adicional, mas não suficiente para trazer a produção do Tiguan para os EUA, já que foram vendidas mais de 94 mil unidades no ano anterior, e a demanda deve crescer. O Jetta, com quase 72 mil unidades vendidas, enfrenta um dilema similar. Ampliar a produção requer mais turnos e peças fornecidas.
Realocar a produção de veículos de plataformas diferentes demandaria anos e investimentos vultosos em adaptações e logística. Produzir lá seria mais fácil com veículos em plataformas existentes, mas, ainda assim, exigiria recursos.
Não é viável fabricar carros acessíveis em países de custo elevado e mantê-los competitivos no México.
Enquanto isso, veículos de marcas da VW, especialmente Audi, aguardam em portos e fronteiras por melhores condições tarifárias para entrarem nos EUA.
Resumo: A Volkswagen enfrenta desafios tarifários complexos, tentando manter os preços apesar das tarifas de importação. A produção nos EUA não é a solução fácil, e o futuro é incerto, enquanto a empresa aguarda uma estabilização nas tarifas.
