A chegada de Espinosa ao cargo de CEO em 1º de abril abre novas possibilidades para a Nissan. A expectativa é que ele reabra diálogos de fusão com a Honda, que não avançaram sob a liderança de Makota Uchida. Atualmente, a Nissan continua colaborando com a Renault e a Mitsubishi, mas está aberta a novas parcerias que agreguem valor.
A criação de uma plataforma comum para SUVs grandes pode ser um marco, aumentando a produção conjunta em potencial de 200 mil para 400 mil veículos por ano entre a Nissan e a Honda. Isso tornaria o processo mais eficiente e reduziria custos, permitindo que as duas empresas compartilhem o desenvolvimento de futuras pickups ou SUVs de grandes dimensões. No entanto, Espinosa enfatiza a importância de manter a essência das marcas Nissan e Infiniti.
Apesar de não enfrentar problemas de liquidez imediata, a Nissan precisa melhorar sua geração de caixa. Embora disponha de uma reserva de 1 trilhão de ienes, é essencial aumentar a lucratividade e reduzir custos fixos. A empresa busca expandir sua presença na América do Norte e adotar uma nova abordagem para o mercado chinês, com o lançamento de oito novos veículos elétricos.
Sob a administração de Donald Trump, as incertezas tarifárias afetam diretamente as operações da Nissan. A fabricante aguarda definições mais claras no cenário tarifário para minimizar impactos enquanto explora diversos cenários. A produção no México é estratégica, dada a significativa participação de mercado e a forte conexão emocional entre a Nissan e seus clientes mexicanos.
Resumo: A Nissan está em busca de parceiros estratégicos para enfrentar os desafios de mercado e financeiros que tem pela frente. Com uma nova liderança, a montadora planeja retomar as conversas de fusão e colaborar de forma mais efetiva no desenvolvimento de novos modelos, garantindo que o DNA da marca seja preservado. A incerteza tarifária e a necessidade de geração de caixa continuam a ser questões críticas.