Mesmo diante do adeus a modelos icônicos como o Ford Fiesta e o VW Up, líderes da Renault e Stellantis acreditam que é crucial adaptar os regulamentos europeus para garantir o futuro dos carros pequenos. O presidente da Stellantis, John Elkann, destacou: "Nossas raízes estão nos carros pequenos. Eles foram o motor da prosperidade, proporcionando liberdade aos motoristas."
O CEO da Renault, Luca De Meo, reforça que os carros pequenos ainda são valiosos e poderiam revitalizar o mercado automotivo europeu. Contudo, a produção atual resulta em menores retornos financeiros.
Confrontado com ruas históricas na Europa, como em Salamanca e Siena, De Meo observa que as regulamentações europeias elevaram os custos de produção em 20% até 2030. Esses custos não podem ser absorvidos na fabricação de carros pequenos sem emissões e acabam repassados aos consumidores.
Elkann e De Meo propõem que a legislação favoreça "menores emissões" em vez de "zero emissões". Isso possibilitaria o uso de tecnologias como os REX (carros elétricos com assistência de motor) e híbridos plug-in para reduzir custos e emissões.
De Meo afirma que, ao longo de 10 anos e 200.000 km, um carro normal emite 60 toneladas de CO2. Um BEV (veículo elétrico a bateria) emite 20 toneladas, e um híbrido ou REX, 30 toneladas, ainda assim metade das emissões.
Com a concorrência chinesa crescente e as tarifas dos EUA pressionando a indústria, Elkann questiona: a Europa quer construir ou apenas comprar carros?
Resumo: Stellantis e Renault defendem a importância dos carros pequenos na Europa e propõem uma revisão das regulamentações para viabilizar modelos menos poluentes e mais acessíveis. Eles valorizam uma abordagem que favoreça menores emissões e novas tecnologias, sustentando esses veículos no mercado.