No dia 3 de abril, a administração Trump impôs uma tarifa de 25% sobre veículos importados, além de tarifas sobre aço, alumínio e planos para taxar peças automotivas. As mudanças constantes nas tarifas tornam complicado para as empresas planejarem suas estratégias.
Gruner espera que até o final de maio a situação esteja mais clara. O objetivo é resolver a questão das tarifas e evitar o aumento de preços em junho. A Volkswagen não pode absorver totalmente esses custos, e os consumidores não podem arcar com milhares de dólares a mais por um novo veículo.
A VW monta o Tiguan no México, junto com o Taos e o Jetta. Nos EUA, fabrica o Atlas, Atlas Cross Sport e o elétrico ID4 em Chattanooga, Tennessee. Já o ID Buzz, Golf GTI e Golf R vêm da Alemanha. Quase todos os veículos vendidos nos EUA contêm peças importadas, sujeitando-se às tarifas.
Até junho, os clientes da VW não enfrentarão aumento de preços. Esta é uma maneira de ganhar tempo e mostrar consideração aos concessionários e consumidores, segundo Gruner.
Há alguma capacidade extra na fábrica de Chattanooga, mas o aumento da produção para o Tiguan, que vendeu mais de 94.000 unidades no ano passado, não é viável. As vendas devem crescer com o novo modelo. Até o Jetta é complicado, com quase 72.000 unidades vendidas no ano passado. A planta poderia operar em horas extras, desde que os fornecedores atendam à demanda.
O replanejamento produtivo e logístico é um processo longo e caro. Transferir um modelo para Chattanooga levaria anos e milhões de dólares em atualizações. Adicionar um veículo na plataforma existente seria mais barato, mas ainda exigiria ajustes e homologação.
Do ponto de vista comercial, fabricar carros acessíveis em países de maior custo torna impossível manter preços baixos e continuar vendendo no México.
Veículos das várias marcas do grupo, especialmente Audis, têm enfrentado desafios com o atual ambiente tarifário, cruzando fronteiras estrategicamente.
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Resumo: Apesar da incerteza causada pelas tarifas americanas, a Volkswagen mantém os preços estáveis até junho. A possibilidade de transferir a produção para os EUA é limitada pelo custo e logística. A situação tarifária continua a desafiar as operações globais da montadora.
